Paulo Fernandes

As emoções e as patologias

Por Paulo Fernandes em Agosto de 2021

Tema Saúde Natural / Publicado na revista Nº 22

Quando fui desafiado a escrever um artigo sobre as emoções e sua importância na saúde de cada um de nós, não hesitei em refletir e chamar a vossa atenção para a importância das mesmas.

“É verdade que as pessoas que reprimem as emoções, desenvolvem paredes que envolvem os seus corações, o que as impede de viver uma vida plena e ser felizes.”

Nos dias de hoje verifica-se que há cada vez maior competição social.

Na necessidade de «sermos suficientemente bons», que muitas vezes nos obriga a reprimir e refrear as emoções, sejam positivas ou negativas, isto para nos defendermos a todo o custo de eventuais erros e fracassos, esta atitude leva o ser humano a fechar as portas ao amor, à vida e aos outros.

Se está a viver neste registo, não está a ter e a viver as experiências marcantes que dão significado à vida, se não está a ter os resultados que deseja em diversas áreas da sua vida é porque provavelmente não está com a emoção certa.

E uma coisa também é certa não saímos do estado em que nos encontramos com a mesma emoção que nos conduziu a esse estado. Essa emoção tem que ser trabalhada e alterada.





Por isso permita-me uma sugestão:  mude rapidamente de registo pois não está a ter uma vida plena e está a desenvolver doença no seu interior.

E esta é a maior das ironias da vida moderna em que somos tantos e, no entanto, imensas pessoas se sentem isoladas e sozinhas, precisamente pelos sentimentos que têm em comum, e entre esses destaco o medo de falhar e a sensação de não ser suficiente bom.

As emoções, e ainda mais a emoções negativas e reprimidas, são percussoras de doenças aos mais variados níveis, desde o desenvolvimento de doenças autoimunes até doenças ao nível de órgãos como coração, intestinos, estômago, pulmão, fígado entre outras.

As emoções negativas / reprimidas, e aprisionadas podem levar-nos a fazer suposições erradas, a reagir de forma exagerada a comentários inocentes, a interpretar mal um comportamento e a arruinar os nossos relacionamentos, pior ainda podem originar depressão, ansiedade e outros sentimentos indesejados que não conseguimos evitar e afastar.

No entanto pode fazer todos os exames e procurar por diagnósticos na medicina convencional que a única resposta que irá obter é está tudo “normal” e tratam-se apenas os sintomas físicos e os medicamentos até podem ajudar nesses sintomas, mas quando para de os tomar, os sintomas reaparecem, porque as causas subjacentes à manifestação da doença não foram tratadas. É importante reconhecer e remover essas emoções antes que provoquem maiores danos.





É de primordial importância que cada um individualmente tente refletir e, acima de tudo, identificar as emoções que está a sentir e que estão a condicionar os seus comportamentos e consequentemente a sua vida e os seus resultados. Pode não ser fácil fazê-lo, mas se o pretender porque não em procurar ajuda especializada. 

As emoções negativas levam muitas vezes à vergonha e ao desespero, o dano emocional põe em ação um complexo esquema de defesas e autoproteção que atuam muito além da nossa consciência, e isso determina a forma como nos relacionamos com os outros e consequentemente também os nossos resultados.

Normalmente existe um padrão que se repete, o que não é o desejado.

Estejamos atentos e percebamos como estamos a agir.

Para que este padrão seja definitivamente quebrado é preciso, em primeiro lugar, assumir e admitir que não está com as emoções certas.

 É possível alterar este padrão e há inúmeras possibilidades de ajuda nesta área. 

No entanto, é necessária ter uma visão holística podendo sim ser orientada pela naturopatia coadjuvada por terapias diversas como por exemplo na área da psicologia e do coaching.

A mensagem importante que eu pretendo passar é que as emoções que sentimos são de enorme importância para o nosso estado de saúde, e por isso haver uma grande necessidade de lhes dar toda a atenção e alterá-las com a ajuda necessária e devidamente credenciada.

Paulo Fernandes






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