A Propósito de Transformações (Parte III)
Por Jaime Ruela em Março 2013
Outro fator de muita confusão é o famigerado “dogma da evolução”. Sobre isso, vamos citar o Mestre Samael, que diz: “Atualmente difundem-se, tanto no oriente como no ocidente, muitas doutrinas filosóficas relativas ao Dogma da Evolução”.
A Evolução e a Involução são forças mecânicas que se processam simultaneamente em toda a Natureza. A Sabedoria Gnóstica não nega a existência destas duas forças e explica-as.
Os fundamentos científicos da Evolução são:
- as Teorias Nebulares de Origem do Universo, com todas as suas inumeráveis alterações, modificações, adições, restrições, etc., que nada, realmente nada mudam quanto à original e errónea conceção do processo mecânico de construção;
- a caprichosa Teoria de Darwin sobre a Origem das espécies com todas as suas correções e mudanças posteriores.
Na realidade, a aparição de novas espécies, como resultado da chamada evolução, não passa de uma mera e simples hipótese que jamais se possa verificar. O pensamento moderno, ao criar a teoria da Evolução esqueceu-se dos processos destrutivos da Natureza. A razão apoia-se no campo de visão intelectual limitado dos tempos que correm. Devido a isso, elaboram-se teorias-relâmpago muito bonitas, mas com um número insuficiente de factos.
Nenhum dos processos é certamente conhecido de forma integral, pelo que somente observamos parte deles, e a sociedade insiste em dizer que tudo isso constitui as mudanças do tipo evolutivo. Para os seguidores da dialética materialista, a ideia de Evolução exclui o conceito de Princípios Inteligentes ou de um Logos Criador.
Os fanáticos do Deus-Matéria creem que a Evolução é um progresso independente e mecânico, sem Inteligência nem Leis. Nestes tempos modernos, a mente humana encontra-se tão degenerada que não é capaz de compreender o processo involutivo em grande escala. A mente dos eruditos, encontra-se tão engarrafada no Dogma da Evolução que só sabe pensar em função desse mesmo engarrafamento e, forçosamente, dessa mesma limitação. Aos fenómenos de destruição, de decadência e degeneração aplica-lhe qualificativos de Evolução, de Desenvolvimento e de Progresso. (…) Nenhum dos povos verdadeiramente selvagens encontrados pelos exploradores, têm mostrado sinal algum de Evolução; bem pelo contrário: em todos os casos, sem exceção, têm-se observado sinais inconfundíveis de degeneração e Involução.
Dentro de todo processo Evolutivo existe um processo Involutivo
A Lei da Evolução e sua irmã gémea, a Lei da Involução, trabalham de forma coordenada e harmoniosa em toda a criação. De um ponto de vista rigorosamente académico, a palavra evolução significa: desenvolvimento, construção, progresso, avanço, edificação, dignificação, etc.. Levando a efeito um enfoque gramatical ortodoxo, puro, o termo Involução quer dizer: progresso negativo, retrocesso, destruição, degeneração, decadência, etc.
Obviamente, torna-se urgente enfatizar a ideia transcendente de que a Lei das Antíteses é coexistencial com qualquer processo cruamente natural. Este conceito de conteúdo é absolutamente irrecusável, irrebatível e irrefutável. Ora vejamos: dia e noite, luz e trevas, construção e destruição, crescimento e decrescimento, nascimento e morte, etc, etc…
Bom seria dizer, e oportuno salientar, que o sentirmos necessidade de mudar é o primeiro passo para a transformação. Mas esta, em si mesma, o que é e em que consiste? E aqui parece-nos residir a grande questão. O que é transformar, ou transformar-se? Se nos disserem que, basicamente falando, seria passar de um estado a outro diferente, de alguma forma concordamos, mas, e o nível, o grau, a grandeza, o quilate dessa transformação? Se essa transformação tiver um objetivo, e o terá de ter com certeza, como será atingido? E o processo a utilizar será eficaz, será adequado para atingir os fins? E quais são os fins, saber-se-á? Também se pode colocar a questão do tempo que demora a transformação…
Um conceituado autor especialista no trato destas questões humanas, diria: “(…) Para chegar à solução do problema, é indispensável o aperfeiçoamento moral, o remate do amadurecimento biológico do super-homem; é preciso subir com Cristo à cruz e refazer a vida individual e coletiva nas bases do Amor (…)” E ainda: “(…) e tem de subsistir no mundo moderno uma santidade nova, culta, consciente, científica, que ressurja das velhas formas no coração da vossa vida turbilhonante (…)” Citámos Pietro Ubaldi.
Mas o que resultará daqui, verdadeiramente, em termos de transformação, deixem-me insistir, “revolucionária”? Apenas um começo, sim, um começo. E se esse começo for o “primeiro passo de uma grande caminhada”, uma grande jornada estará em execução! Porque, na realidade e de verdade, trata-se disso, de uma grande jornada, uma Grande Obra… Uma Obra que se “constrói” na base da disciplina timbrada pelo rigor e impregnada pela tenacidade, pela continuidade de propósitos. Uma Obra que não pode aparecer nunca como resultante de um golpe de magia, como também não será produto acrescido de uma viagem de férias, de um recreativo safari. E porquê? Porque não é fácil! Porque as verdadeiras mudanças custam muito, não são sopa que se coma, não são fáceis. Porque o contexto desta “transformação revolucionária” de que falamos tem a ver com a raiz do mal do mundo (leia-se, sociedade), mexe, trata o “maligno vírus” de toda a desgraça humana, O Ego, e isso não é fácil, nem rápido.
Esse Ego ou Eu, ao contrário daquilo que nos possa parecer, é múltiplo e acaba por mover, gerar cada um dos múltiplos desejos contraditórios, desordenados, compulsivos, anárquicos que possam existir em cada um de nós. Desejos originados pelos “defeitos psicológicos” que personificam os nossos ERROS.
Esses egos ou eus formam, no seu conjunto, aquilo que, habitualmente, chamamos de subconsciente e inconsciente. Por isso, esses desejos estão mais ou menos ocultos, “por detrás” da nossa capacidade cognitiva. Ou seja, uma boa parte desses egos exercem a sua influência sobre a máquina humana sem que os vejamos, sem que nos apercebamos, pelo menos de forma consistente, senão jamais cometeríamos erros.
Por isso mesmo, pode dizer-se que os egos controlam quase totalmente a nossa vida. Isto significa que uma boa parte daquilo que pensamos, sentimos e fazemos, processa-se em obediência a esses estímulos egóicos, e lembramos que isto não é totalmente desconhecido da psicologia oficial.
Ora vejamos: se a qualquer momento nos julgarmos donos de nós próprios, e infelizmente é isso que sempre pensamos de nós, porque erramos no nosso processo existencial, na dinâmica de relação? Porque invejamos, porque odiamos, porque maldizemos, roubamos, caluniamos, praguejamos, ferimos, matamos, etc. Porquê? Toda esta procissão de infelicidade terá alguma coisa a ver com um Ser Humano Íntegro, que funcione impulsionado, inspirado pela sua Centelha Divinal, a Essência ou Consciência?
É que, na atualidade terrestre, esta Essência ou Consciência está “adormecida”, ofuscada, obstruída exatamente por essa legião egóica, não nos permitindo “saber quem somos, de onde vimos nem para onde vamos”.
Então, o que temos de fazer no tal processo transformativo e neste crucial momento cósmico que todos vivemos é, de uma forma inflexível, revolucionária, contundente e acutilante, reduzir a cinza, a pó, a nada, essa carga egóica que inconscientemente transportamos e que controla quase tudo em quase todo o tempo da nossa existência. Daí que, nestes momentos capitais da existência das civilizações e dos planetas que amorosamente as acolhem, são sempre enviados, pelos Mundos Superiores, mensageiros para cumprirem missões especiais de socorro, em estilo de ultimato ou não, informando sobre o estado lastimoso em que nos encontramos e instruindo sobre a forma de nos transformarmos e, com essa transformação, nos libertarmos dessa indigência, desse estado psicológico caótico, catastrófico, infeliz e “infelicitante”.
Assim aconteceu com o Profeta Bíblico Noé, para a Quarta Raça que foi engolida pelo cataclisma do Dilúvio. E assim está a acontecer, para este momento vivencial da Quinta Raça Ária, com o Avatara da Nova Era de Aquário, o V. Mestre Samael Aun Weor. Através da sua obra literária, consubstanciando o Ensinamento Cósmico que é a Gnose, nos informa, instrui e guia no processo transformativo denominado “Revolução da Consciência” ou Despertar da Consciência, se quiserem, a caminho da Auto-Realização Íntima do Ser. E esta Auto-Realização Íntima do Ser, que corresponde ao autêntico desenvolvimento interior, não pode ser o resultado de nenhum processo mecânico ou desejo incontido; é, sim, produto de tremendos esforços e super-esforços conscientes e realizados por cada um de nós no nosso interior, aqui e agora, mediante a “Terceira Força” ou Revolução da Consciência. Processo que, levado a bom termo, nos capacitará, nos atribuirá o mérito de fazermos parte da Nova Civilização, na Nova Era de Aquário e vivermos um novo paradigma existencial.
Jaime Ruela
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