Daniel Matos

Medicina única, sem escolha, é monopólio.

Por Daniel Matos em Agosto 2020

Tema Saúde Natural / Publicado na revista Nº 16

A Medicina é, e sempre foi, uma Arte, tal como a Arquitetura, o Desenho ou a Escultura. Com o advento da Ciência, as Artes tornaram-se científicas, mas não Ciências, porque o uso da Ciência aprimora a Arte. A Medicina é, portanto, a Arte científica de tratar doentes e doenças. A Ciência nunca descobrirá tudo; por isso, a Medicina, mesmo com o máximo de Ciência, é sempre insuficiente, necessitando da Arte, que é perene, mas só acessível aos artistas.

Nos tempos modernos fez-se crer que a Medicina era quase absoluta. Muitas pessoas não se preocupavam com a Saúde, porque a Medicina científica era poderosa. Foi preciso um minúsculo coronavírus para acordar a Humanidade, que quase colapsou.

Diz-se que a Medicina integra tudo o que for científico e eficiente. Tal seria verdade se o Ser Humano não tivesse ganância e não se deixasse corromper. Mas, assim não é; a Medicina convencional, soberana na Urgência, falha muito no tratamento das doenças crónicas e até em doenças agudas, que transforma em crónicas. Outras terapêuticas são, frequentemente, necessárias. Até a Acupuntura, aceite pela Ordem dos Médicos, já começa a ser rejeitada por quem antes a aceitou e integrou. Sinais dos tempos. Sinais de que o Cientificismo se sobrepõe à Arte de curar, para defender interesses alheios aos dos doentes. Reduzir a Medicina ao uso de medicamentos farmacológicos, Cirurgias e um pouco de fisioterapia (também muito contestada no seu início), é fazer com que o lado mais humano da Medicina desapareça na fria Técnica médica convencional, onde todos os doentes são tratados como máquinas avariadas. A Medicina Convencional está correcta porque está adaptada às massas, mas é redutora porque pretende ter a exclusividade e autoridade sobre tudo e todos. Politicamente, não é aceitável tal situação. As TNC, Terapêuticas não convencionais, existem e foram aprovadas, para permitir a liberdade dos doentes. 





Os interesses comerciais, legítimos em si mesmos, fazem-se sentir na Medicina, o que já não parece legítimo. A Ciência é feita por cientistas, financiados por quem lhes paga. Quem paga, manda; As Academias de Ciência podem não ser tão independentes como se desejaria e, deste modo, para que algo seja considerado científico, pode depender de interesses diversos.

Por isso, outras abordagens terapêuticas apareceram fora da Medicina Oficial. Até mesmo medicamentos farmacológicos podem ser postos de parte, se colidirem com o interesse de quem tem o Poder. Nestes tempos de coronavírus, onde a Humanidade está à beira de um abismo, com a Economia a colapsar, poucos países estão a estudar e testar o medicamento Ivermectina, que vários médicos garantem ter dado resultados muito promissores. O interesse numa vacina de utilidade discutível, de um vírus com várias mutantes, provavelmente com alumínio na sua composição, pode sobrepor-se aos interesses dos doentes. 

As terapêuticas não convencionais baseiam-se em outros princípios e podem dar uma grande ajuda. Eu conheço várias terapêuticas não convencionais, altamente efectivas, mas não há interesse em experimentar, porque o dogmatismo científico é pior do que o religioso: em cada momento, cada grupo ou cada seita tem a verdade; todos os outros são hereges ou charlatães. 

A Medicina é só uma, mas há muitas medicinas, tal como a verdade é só uma, mas há muitas verdades. A verdade é sempre um ponto de vista, que varia com as épocas e seus interesses. A Medicina Convencional é indispensável, mas quando algo não tem concorrência, pode gerar monopólio, com eventuais interesses e respectiva corrupção. Se a Medicina Convencional for tornada obrigatória para todos, sem direito de escolha, poderemos chegar ao Apocalipse, à perversão total, onde a marca da Besta terá de ser certificada, para poder viver neste Planeta. Espero que a profissão de Médico, que abracei, jamais seja usada para tal ultraje. Estudei Homeopatia porque foi ela que me curou quando já estava desesperado. Nem por isso deixo de exaltar as virtudes da Medicina científica, indispensável, mas insuficiente. A Medicina Integrativa é o Caminho. 

Daniel Matos

Médico com formação em TNC






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