A geometria é uma palavra que significa a medição da terra.
A geometria sagrada é o fantástico, é a magia em tudo o que nos rodeia, desde a nossa mais pequena célula, à beleza que existe quando olhamos para um campo ou para o infinito do céu. A geometria sagrada faz parte de nós e de tudo o que existe ao nosso redor.
É na verdade um saber universal, proveniente da própria natureza e pelo que se sabe, teve origem nos conhecimentos dos povos do antigo egipto e da antiga Mesopotâmia, com as tradições Atlânticas das culturas Megalítica e Celta. Reconhecia-se na natureza as formas e proporções únicas e especiais que se traduziam em pura harmonia e unidade entre si.
Com o seu estudo encontramos as chaves para entendermos o mundo que nos rodeia e o nosso próprio interior. Os principios da geometria sagrada regem os principios de toda a manifestação da vida desde a natureza, à vida humana. São uma possibilidade de transformação da própria vida e consciência humanas. Ajuda-nos a compreender a Unidade da qual fazemos parte. A vida é o registo das leis da geometria sagrada, onde encontramos todos os padrões no próprio corpo humano, nos animais, no mundo vegetal, chegando à própria estrutura dos átomos ou moléculas, ou seja desde o maior corpo celeste no universo, à menor das partículas existentes, invisíveis a olho nu.
A sequência de Fibonacci que aconselho vivamente o seu estudo, fala-nos precisamente desta observação de padrões recorrentes que existem em tudo.
A geometria acabou por englobar crenças religiosas, filosóficas e espirituais que surgiram em torno das mais variadas culturas ao longo da nossa história, envolvendo padrões universais considerados sagrados. É observada na arquitetura, na arte, na música e na cosmologia. Construções, que ainda hoje podemos observar, nomeadamente as construções megaliticas, as pirâmides, ou os mais diversos templos ainda existentes, como igrejas, mesquitas e outros monumentos. Verificamos assim, que foi utilizada desde os primórdios das civilizações até às construções mais recentes, representando uma cultura universal da cultura humana. É através dela que se desenhavam casas, monumentos e pontes, e que ainda se reproduziu a realidade existente, através da pintura.
As culturas antigas que estudaram estes padrões acreditavam que eles se repetiam em todas as partes do universo. Hoje, os estudos científicos comprovam que esses padrões reproduzem a estrutura molecular que forma a base de toda a vida no universo.
Na área da filosofia existem duas correntes que atribuem um valor especial, ou mesmo sagrado à geometria: o pitagorismo e o platonismo. Pitágoras e seus discípulos entendiam que as formas geométricas e a matemática em geral eram a linguagem do Universo. Platão, na sua teoria «Harmonia das Esferas» fala-nos de que os segredos do universo são matemáticos e os seus números, seriam representados por esferas imaginárias, cada uma colocada dentro de outra: os cinco sólidos perfeitos. Compartilhou ainda, de que as distâncias dos planetas até ao sol apresentam proporções idênticas, umas às outras, como as esferas que cercam cada sólido. Os sólidos platónicos são formas que fazem parte da geometria sagrada. Apesar de terem sido catalogados por Platão, existem evidências desssas formas, espalhadas pelo mundo, pelo menos 1000 anos antes. Estes, foram apresentados como os principais padrões da própria criação, pela civilização grega.
Concluindo, a Geometria Sagrada fala-nos de um simbolismo especial e de um significado espiritual contido em certas formas e em certos padrões geométricos, que se repetem e que se encontram em tudo o que existe e que refletem na Terra a ordem de tudo o que existe.
Será a geometria sagrada a linguagem do universo?
Janani Elisabete
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